A curva ABC na farmácia hospitalar é uma ferramenta de gestão que permite uma análise mais eficiente do estoque de medicamentos e produtos farmacêuticos. Por meio dessa metodologia, é possível classificar os itens conforme sua relevância para o funcionamento do estabelecimento. Como resultado, a farmácia hospitalar pode otimizar os processos logísticos e melhorar a organização do estoque.
Neste artigo, abordaremos os conceitos essenciais sobre a curva ABC na farmácia hospitalar, como ela funciona, qual sua utilidade e como aplicá-la de maneira eficaz para otimizar os processos internos e aumentar a rentabilidade do negócio.
O que é a curva ABC na farmácia hospitalar?
A curva ABC é uma técnica de categorização usada para classificar itens de um estoque ou portfólio com base em sua importância ou valor. Na farmácia hospitalar, ela se concentra na análise de medicamentos e produtos farmacêuticos.
O método é baseado no princípio de Pareto, que afirma que uma pequena porcentagem de itens é responsável por uma grande parte do valor total ou impacto em um sistema.
Essa metodologia divide os itens do estoque em três categorias:
- Classe A: Itens de maior valor e importância. Representam aproximadamente 20% do total de itens, porém são responsáveis por cerca de 80% do custo ou valor do estoque. Exemplo: medicamentos de alto custo como por exemplo antibióticos de uso intravenoso (ex: vancomicina) ou produtos especializados para quimioterapia;
- Classe B: Itens intermediários. Embora não tão significativos quanto os itens da classe A, eles representam uma parte importante do estoque, cerca de 30%, e podem corresponder a 15% do valor total. Exemplo: medicamentos de uso contínuo como analgésicos (ex: paracetamol) ou medicamentos para hipertensão, por exemplo;
- Classe C: Itens de baixo custo ou importância. Representam cerca de 50% do estoque, porém correspondem a apenas 5% do valor total. Exemplo: produtos básicos e consumíveis como gaze, algodão, luvas descartáveis ou medicamentos de baixo custo como antiácidos.
Com a curva ABC na farmácia hospitalar, a farmácia consegue ter um controle mais rigoroso sobre os itens essenciais e, assim, garantir que o estoque esteja bem abastecido sem desperdício de recursos.
Qual a utilidade da curva ABC?
A principal utilidade da curva ABC na farmácia hospitalar é otimizar a gestão do estoque de medicamentos. Ela ajuda os farmacêuticos a priorizar os itens mais críticos e de maior valor, facilitando o processo de reposição e evitando a falta de produtos essenciais.
Além disso, essa análise permite um controle financeiro mais eficaz, visto que itens de classe A exigem maior investimento e devem ser comprados de forma mais estratégica.
Vantagens de aplicar a curva ABC
Aplicar a curva ABC na farmácia hospitalar traz diversas vantagens para o gerenciamento do estoque. Além de otimizar o espaço físico e reduzir custos, ela contribui para uma melhor alocação dos recursos e uma gestão mais eficiente.
Entre os principais benefícios, estão:
- Controle de custos: A análise detalhada dos itens permite que a farmácia realize compras mais eficientes, ajustando a quantidade de produtos com base na demanda real e no valor agregado de cada item;
- Eficiência na reposição: Focar nos itens de classe A garante que não haja falta de medicamentos essenciais, o que pode comprometer o atendimento aos pacientes;
- Melhora na qualidade do atendimento: Com o estoque melhor gerido, a farmácia hospitalar oferece uma resposta mais ágil às necessidades dos pacientes, eliminando eventuais problemas relacionados à falta de medicamentos.
Como se aplica a curva ABC?
Aplicar a curva ABC na farmácia hospitalar envolve algumas etapas básicas para garantir que a classificação seja feita corretamente e que os resultados sejam eficazes.
- Coleta de dados: Primeiramente, é preciso levantar informações sobre todos os medicamentos e produtos farmacêuticos presentes no estoque. Isso inclui dados como valor unitário, frequência de vendas ou consumo e quantidade disponível.
- Cálculo do valor de consumo: Então, para cada item, calcule o valor total consumido ao longo de um período específico, geralmente um ano. Isso inclui o preço de compra multiplicado pela quantidade consumida.
- Classificação dos itens: Após calcular o valor de consumo, organize os itens em ordem decrescente, do mais valioso para o menos valioso. Em seguida, classifique-os nas três categorias: A, B e C.
- Definição de estratégias: Com base na classificação dos itens, defina estratégias específicas para cada grupo. Por exemplo, para os itens da classe A, pode ser necessário ter um controle de estoque mais rigoroso, com pedidos mais frequentes. Já para os itens da classe C, pode-se reduzir a quantidade de reposição e realizar compras menos frequentes.
- Monitoramento contínuo: A curva ABC não é uma ferramenta estática. Por isso, é importante revisar regularmente o estoque e atualizar as classificações, uma vez que o consumo e a demanda de medicamentos podem variar ao longo do tempo.
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